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Ibovespa Despenca com Medo de Recessão nos EUA
O pessimismo global afetou as bolsas de valores ao redor do mundo. No Brasil, empresas do setor de commodities foram especialmente impactadas pela queda nos preços do petróleo e dos metais.
Relatório de Emprego nos EUA Reforça Temor de Recessão
A preocupação com uma possível recessão nos Estados Unidos aumentou nesta sexta-feira. O relatório de emprego mostrou a criação de apenas 114 mil vagas, muito abaixo das 178 mil esperadas pelo mercado. Esse enfraquecimento no mercado de trabalho, junto a outros indicadores, aponta para uma desaceleração econômica.
Impacto Global nos Mercados
Ativos de risco em todo o mundo sofreram com o mau humor dos investidores. Em Nova York, os índices caíram mais de 2% em um único pregão. No Brasil, o Ibovespa também caiu 1,29% na semana, com a maior parte da queda concentrada nos últimos dois dias. O índice VIX, que mede a volatilidade do S&P 500, aumentou quase 40%, atingindo seu maior nível em quase dois anos.
Expectativas e Reações do Mercado
O mercado esperava que o aperto monetário nos Estados Unidos terminasse antes de uma deterioração significativa da economia, buscando um “pouso suave” que agora parece mais difícil de alcançar. O índice de gerente de compras (PMI) divulgado na quinta-feira indicou que a indústria está em contração, com uma queda significativa nos pedidos, sugerindo um enfraquecimento econômico. O relatório de emprego reforçou essa percepção.
Repercussões na Bolsa Brasileira
A desvalorização do petróleo e a queda na demanda por commodities impactaram negativamente ações de empresas como Petrobras e Prio. As ações ordinárias (PETR3) da Petrobras caíram 3,04%, enquanto as preferenciais (PETR4) recuaram 3,01%. A Vale também registrou queda, apesar de uma leve recuperação no preço do minério de ferro.
Contexto Internacional
A desaceleração da economia chinesa também contribuiu para a queda nas commodities. A menor demanda chinesa refletiu nas cotações globais, impactando ainda mais o mercado brasileiro.
Movimento do Dólar
Recentemente, o dólar tem mostrado forte valorização. O desmonte de operações “carry-trade” acelerou a desvalorização do real frente à moeda americana. Com o aumento das taxas de juros no Japão e a valorização do iene, investidores descontinuaram essas operações, diminuindo a diferença de taxas entre os países e levando à saída desses investimentos do Brasil.
